Na última quinta-feira do ano, aproveitando um dia de sol, a gente resolveu ir pro Wet and Wild com um casal de amigos. Foi divertidíssimo. Pegamos sol, fila nos brinquedos, sol, fila e um pouco de água que ninguém é de ferro. Além de ter passado pela experiência inigualável de se sentir como quem desce por uma descarga de vaso sanitário, no
Space Bowl, ainda curtimos uma "corredeira" no
Bubba Tub.
Até aí, um dia perfeito, mas eu e
Alê queríamos mais. Daí resolvemos andar de kart em
uma pista que fica ao lado do trabalho dele. Era um programa que estávamos adiando havia meses.
Como tudo em São Paulo é megalomaníaco, eles se auto-intitulam a maior pista indoor do mundo. Eu não conheço nenhuma outra, mas deve ser verdade, porque o circuito parecia não acabar nunca. E, afinal, essa é a maior pista que eu já vi, eheheh.
Já antes do briefing o primeiro momento kodak da noite. Como eu estava de vestido precisei alugar um macacão de piloto, me deixando com um ar ainda mais profissa. Acho de os outros concorrentes ficaram intimidados com tanta produção.
Corremos com carrinhos de 8hp e já no qualifying minha mistura de Nigel Mansell com Satoru Nakajima surtiu efeito, resultando no primeiro acidente espetacular da noite. Virei meu punho e já senti alguma coisa estranha, mas como sou brasileira e não desisto nunca (e eles não devolvem o dinheiro em caso de desistência), resolvi disputar a corrida normalmente.
Fomos para o grid e foi dada a largada. Para resumir a história, Mansell e Nakajima falaram mais alto novamente. Me envolvi em mais dois acidentes espetaculares. No primeiro, me embolei com mais duas mautoristas, quando, em vez de frear, acelerei. Foi uma beleza. O segundo, este sim, foi supimpa...
Havia um acidente mais a frente e começaram a aparecer aquele monte de bandeiras, azulzinha, amarelinha e sei lá mais o quê. Atrás de mim, vinham os líderes da corrida (Ok, você entendeu que eu era retardatária, né?), querendo passar a todo custo. Veja bem, eu me confundi um pouquinho e, na ânsia de desviar do acidente e deixá-los passar ao mesmo tempo, provoquei um acidente ainda maior. Subitamente, seis carros bloqueavam a pista completamente, a corrida foi paralizada e eu consegui quebrar meu kart. Nessa hora vem um dos asistentes de pista e te pergunta: "Você está bem? Quer continuar?" Claro que sim, oras.
Foi só nessa hora que o Alê me viu atravessando a pista meio zonza, indo para o box buscar meu carro novo. Sabe como é, não desisto nunca, e, como eu já disse, eles não devolvem dinheiro. Depois de tudo fiquei suspresa ao saber que há gente que, sem viver todas essas emoções, conseguiu terminar atrás de mim. Fiquei em 17o. lugar, entre vinte "corredores".
Saldo do dia: alguns hematomas (ganhei beijinho e sarou), um tornozelo torcido de leve (que nem incomodou) e uma suspeita de fratura no osso escafóide do carpo da mão esquerda (traduzindo: no pulso). Tala de gesso por 10 dias, no mínimo, e, se confirmada a fratura, mais um mês de imobilização acima do cotovelo.
Puxa, e a gente ia brincar de paintball no dia seguinte. Acho que os esportes, digamos, "radicais" vão ter que esperar um pouco pela minha volta triunfante.
É isso aí, a gente se quebra, mas a gente se diverte... :o)