E como a Fênix...
Há pouco mais de um mês sem postar uma linha se quer, por tantos motivos que eu já nem sei, resolvi dar uma de Fênix e voltar. A falta de posts não significa falta de assunto ou tãopouco que não tenha visto, lido ou escutado nada que prestasse. Significa mesmo é a mais absoluta preguiça e falta de saco de escrever que pode um ser humano ter... Por várias vezes me peguei falando, vou blogar sobre isso, em algumas cheguei até a sentar em frente do computador, mas acabei me distraindo com alguma coisa e a preguiça tomava conta do meu corpo novamente... Pois hoje resolvi dar um basta. Estou aqui morta de cansaço, virada da noite de ontem (quando digo virada é virada mesmo, zero horas de sono), moída depois de um dia inteiro de trabalho, mas resolvi dar um basta nessa história. Chega de preguiça! Xô!! Sai deste corpo que ele não te pertence! E assim sentei aqui cheia de idéias para compartilhar e muitas histórias velhas pra contar. Mas como eu acho que falar de coisa velha, que já passou mesmo, é um saco, vou falar só dos highlights deste meu período de mais absoluto silêncio. Fui ver as exposições do Degas que fica no MASP até dia 20 de agosto, e do Volpi que ficou no MAM até o dia 2 de julho.
Degas sempre me encantou, inicialmente pela sua série sobre ballet clássico.
Filho da aristocracia francesa, o pai era banqueiro, Degas surpreendeu não somente por se interessar por arte e se tornar um grande colecionador, mas principalmente por ter se tornado um artista revolucionário e vir a quebrar paradigmas. Foi um estudioso do movimento, e nas suas pinturas mas principalmente nas esculturas vemos o quanto ele exaustivamente estudou cada detalhe do passo de uma bailarina ou do trotar de um cavalo de corrida.
Sua importância como escultor é tão grande que alguns chegam a compará-lo, com Rodin.
Mas o que acho mais interessante neste artista era sua versatilidade. Foi um excelente gravurista, um pintor e escultor maravilhoso e foi um dos primeiros a se interessar e se aventurar pelo mundo da fotografia. Por sinal seu olhar peculiar e perspectiva de alguns quadros lembram muito enquadramentos de fotografia e revelam esta influência. Esta versatilidade que esta bem representada na exposição, me lembrou de outro gênio, Picasso, que como Degas, também se aventurou pelo mundo da pintura, gravura, cerâmica, etc. Não é por acaso que Degas influenciou este outro a produzir uma série de gravuras inspiradas na fase de bordel do artista francês, que como se sabe tinha sérias dificuldades em se relacionar com as mulheres e se colocava sempre como espectador das orgias que retratava.
A exposição está excelente pois o acervo do MASP é importante e com isso conseguiu reunir obras de mais 10 grandes museus do mundo (inclusive várias do museu d'Orsay que era como uma segunda casa de Degas que tive oportunidade de visitar e conferir uma das maiores coleções do artista em um só museu) e traçar uma retrospectiva com mais de 120 obras. Imperdível mesmo.
Já Volpi, confesso que foi uma grande surpresa, pois ignorante que sou, achava que o cara tinha passado a vida inteira pintando bandeirinhas. E o que vi, além obviamente da ótima série de bandeirinhas, foi uma grande explosão de cores, casarios, painéis, florões até a chegada as formas geométricas abstratas.
Interessante como nunca tinha me interessado por este pintor em particular (coisa de brasileiro mesmo) e o que vi foi uma fonte de inspiração moderna. Um auto didata, intuitivo, vindo da classe trabalhadora, que construiu seu caminho sozinho nunca estando ligado a nenhum movimento cultural, e se tornou um ícone de modernidade e construção da cor. Destaque para as fachadas e para as bandeirinhas.
Pena que esta última já acabou, mas ainda dá tempo de ver o Degas e se emocionar, ou não...
Degas sempre me encantou, inicialmente pela sua série sobre ballet clássico.
Filho da aristocracia francesa, o pai era banqueiro, Degas surpreendeu não somente por se interessar por arte e se tornar um grande colecionador, mas principalmente por ter se tornado um artista revolucionário e vir a quebrar paradigmas. Foi um estudioso do movimento, e nas suas pinturas mas principalmente nas esculturas vemos o quanto ele exaustivamente estudou cada detalhe do passo de uma bailarina ou do trotar de um cavalo de corrida.
Sua importância como escultor é tão grande que alguns chegam a compará-lo, com Rodin.
Mas o que acho mais interessante neste artista era sua versatilidade. Foi um excelente gravurista, um pintor e escultor maravilhoso e foi um dos primeiros a se interessar e se aventurar pelo mundo da fotografia. Por sinal seu olhar peculiar e perspectiva de alguns quadros lembram muito enquadramentos de fotografia e revelam esta influência. Esta versatilidade que esta bem representada na exposição, me lembrou de outro gênio, Picasso, que como Degas, também se aventurou pelo mundo da pintura, gravura, cerâmica, etc. Não é por acaso que Degas influenciou este outro a produzir uma série de gravuras inspiradas na fase de bordel do artista francês, que como se sabe tinha sérias dificuldades em se relacionar com as mulheres e se colocava sempre como espectador das orgias que retratava.
A exposição está excelente pois o acervo do MASP é importante e com isso conseguiu reunir obras de mais 10 grandes museus do mundo (inclusive várias do museu d'Orsay que era como uma segunda casa de Degas que tive oportunidade de visitar e conferir uma das maiores coleções do artista em um só museu) e traçar uma retrospectiva com mais de 120 obras. Imperdível mesmo.
Já Volpi, confesso que foi uma grande surpresa, pois ignorante que sou, achava que o cara tinha passado a vida inteira pintando bandeirinhas. E o que vi, além obviamente da ótima série de bandeirinhas, foi uma grande explosão de cores, casarios, painéis, florões até a chegada as formas geométricas abstratas.
Interessante como nunca tinha me interessado por este pintor em particular (coisa de brasileiro mesmo) e o que vi foi uma fonte de inspiração moderna. Um auto didata, intuitivo, vindo da classe trabalhadora, que construiu seu caminho sozinho nunca estando ligado a nenhum movimento cultural, e se tornou um ícone de modernidade e construção da cor. Destaque para as fachadas e para as bandeirinhas.
Pena que esta última já acabou, mas ainda dá tempo de ver o Degas e se emocionar, ou não...
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