Doces Bárbaros

It´s about nothing!

Monday, November 14, 2005

A origem dos engarrafamentos

Que o trânsito de São Paulo é um caos não é novidade nenhuma. Quando saímos de casa a questão não é: será que vou pegar engarrafamento? Mas sim de quantos quilômetros.
A parte intrigante é quando o trânsito está livre as pessoas continuam andando devagar, muito devagar.
Não acho que o certo é fazer como os motoristas do Rio, uns apressadinhos e nervosinhos que só faltam passar por cima de você e buzinam no seu ouvido no instante em que o sinal abre, mas andar a 30 Km/h na Marginal Pinheiros num domingo de manhã, em bloco, como se fosse uma carreata, não tem sentido.
Como boa carioca fui logo pensando, o que tá rolando, será uma batida? assalto? bonde? blitz?
Qual minha "surpresa" quando uns dois quilômetros depois, numa bifurcação da pista o engarrafamento se desfez como que por mágica e deu lugar apenas a uma lentidão insuportável de motoristas que se arrastam pelo asfalto...
E aí, você, que não quer correr mas apenas andar normalmente não consegue, tenta por uma faixa, por outra, e haja paciência. O que me levou a começar a pensar em quais seriam os motivos para este comportamento.
E cheguei a conclusão que só pode ser uma coisa ensinada nas escolas, uma matéria sigilosa, ultra secreta e obrigatória no currículo de todas as escolas paulistanas, que ensina como proceder em caso de engarrafamento? Como tornar os engarrafamentos mais duradouros? Como transformar seu tempo de engarrafamento numa atividade lúdica? Como criar um engarrafamento do nada?E o mais importante de todos os ensinamentos: como simular engarrafamentos, que a essas alturas já deve contar com simuladores de última geração para a galera sair de lá especialista nessa arte.
Se realmente tem uma coisa que paulista faz melhor que todo mundo, é engarrafamento... :o)

2 Comments:

  • At 9:42 AM, Blogger Alexandre Maron said…

    Nininha, eu acho que é algum comando subliminar de manada. Deve ter algumas ordens escondidas pelas ruas, ao lado dos "faróis" (é semáforo, sinal, em paulistês). Não vejo outra explicação.

    Já posso imaginar as aulinhas nas escolas paulistanas. As criancinhas sentadas nas suas carteiras (mesa das salas de aula, em carioquês arcaico) enfileiradinhas e a tia na lousa (quadro negro em paulistês) dizendo "é assim que vocês têm que se comportar no trânsito. Todos em fila indiana, mantendo uma distância uniforme. Lindo, lindo!! Agora repitam comigo, como vocês têm que ficar?"

    - Certinhos em fila indiana!!!! - grita a sala em uníssono.

    É por isso que The Wall dizia:

    "We don't need no education
    We dont need no thought control
    No dark sarcasm in the classroom
    Teachers leave them kids alone
    Hey! Teachers! Leave them kids alone!
    All in all it's just another brick in the wall.
    All in all you're just another brick in the wall."

     
  • At 4:00 PM, Anonymous Anonymous said…

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